segunda-feira, 21 de abril de 2008

Dicas e cuidados durante IOT

Intubação em modelo anatômico.


Técnicas de intubação Oro traqueal demonstradas em modelo anatômico.

Laringoscopia Bimanual



Quantos de nós já nos encontramos em apertos na hora de realizar uma intubação oro traqueal ou mesmo naso-traqueal?
É nestas horas que a gente pede ajuda para o nosso assistente ou para quem esteja na sala.
acima vai a técnica correta de Laringoscopia Bimanual.

Técnica de aspiração das vias aéreas

Como utilizar a máscara laringea



Este vídeo espanhol demonstra a maneira correta de utilizar a máscara laringea.

segunda-feira, 31 de março de 2008

Novidades II - Seringa Episure


Episure AutoDetect LOR Syringe



A premiada seringa Episure AutoDetect tem como objetivo, a confirmação visual de Perda de Resistência (LOR), em oposição ao subjetivo "sentir" da perda de resistência.

Laringoscópio de fibra óptica

Indicações para intubação com o laringoscópio de fibra óptica no paciente “acordado”:

• trauma (de vias aéreas superiores - hematomas, lacerações; de coluna cervical – instabilidade; de face – pequena abertura da boca, hematomas, lacerações),
• anormalidades congênitas de vias aéreas,
história de intubação difícil,
• trismo devido a problema mecânico (anquilose de articulação têmporo-mandibular),
• vértebra cervical instável,
intubação difícil prevista.


Laringoscópio de fibra óptica


Laringoscópio de fibra óptica: A - campo de visão; B - amplitude de flexão da ponta, C - tubo de inserção; D - acessos de entrada do canal de trabalho; E - alavanca de controle de flexão da ponta.

O laringoscópio de fibra óptica (fibroscópio) é composto de:

1) Fonte e cordão de luz (este não existe quando a fonte for junto ao corpo);

2) Corpo com ocular, e anel de foco, acesso ao canal de trabalho e alavanca de controle de flexão da extremidade distal;

3) Tubo de inserção passivamente flexível com cerca de 60 cm de comprimento e 4 mm de diâmetro (o modelo para adulto; o pediátrico tem cerca de 2 mm mas não possui o canal de trabalho) sendo a extremidade distal ativamente flexível.

O canal de trabalho que pode ser usado para insuflação de oxigênio (até 2-3 l/min; melhora a oxigenação e afasta as secreções), sucção, injeção de anestésico local ("spray as you go") ou passagem de um fio-guia metálico (após sua introdução na traquéia servirá de guia para o TT).

Contra-indicações:

• presença de quantidade excessiva de sangue e secreções nas vias aéreas superiores pela possibilidade de obscurecer

a visão e diminuir a chance de sucesso (relativa);
• obstrução de vias aéreas superiores por corpos estranhos ou outras lesões (relativa);
absoluta:.inadequada oxigenação por balão e máscara que não permite a intubação com o fibroscópio pelo maior tempo requerido.


Principais vantagens:

• melhor sucesso na intubação difícil;
• uso das vias oral ou nasal em todas as faixas etárias;
• avaliação da via aérea antes da intubação;
• evita intubação esofágica ou endobrônquica não reconhecida;
• confirma a posição do TT;
• paciente em posição lateral ou sentado;
• única possibilidade quando não se tem acesso à parte anterior do pescoço; aceitação excelente pelo paciente e menor resposta cardiovascular na intubação “acordado”;
• possibilidade de aplicar anestesia tópica, aspirar secreções e insuflar oxigênio durante a intubação;
• excelente visualização da via aérea;
• menos traumática;
• conexão a sistema de vídeo para ensino.


Principais desvantagens:

• delicadeza e alto custo do instrumento;
• maior dificuldade para limpeza e desinfecção;
• fácil obscurecimento da visão;
• tamanho do instrumento e fonte de luz;
• necessidade de experiência.

As complicações como dor de garganta, rouquidão, trauma tissular, sangramento, laringoespasmo, broncoespasmo

e aspiração são as mesmas que com a laringoscopia convencional.



Preparo do paciente:
• monitorização (sobretudo com oximetria de pulso),
• venóclise,
• anti-sialagogo,
• vasoconstrictor de mucosa (quando fibroscopia via nasal)
• sedação cuidadosamente titulada
• anestesia tópica adequada de nasofaringe, orofaringe e traquéia (o anestésico local pode levar até 1-3 minutos para

agir após sua aplicação).
• ajuste do foco em material impresso
• aplicação de um anti-embaçante na lente distal o fibroscópio
• introduzir o fibroscópio no TT (lubrificado externamente com lidocaína geléia) sem o conector e o TT trazido até o

corpo
• o fibroscópio irá "cateterizar" a traquéia até próximo da Carina
• deslizar o TT,
• estando o paciente colaborativo, uma inspiração profunda abre as cordas vocais e facilita sua entrada na traquéia

até a carina.
• se houver parada da progressão nas estruturas da laringe, uma rotação anti-horária de 90o do TT associada

a movimentos de vai-e-vem freqüentemente resolve o problema.
• na introdução do aparelho no interior do TT e na sua retirada a alavanca que movimenta a extremidade deve

estar em posição neutra.
• a posição do TT deve ser visualizada através do fibroscópio durante sua retirada.


Imagens de fibroscopia


alternativamente, uma máscara laríngea pode ser um excelente canal através do qual o fibroscópio será dirigido a traquéia.



Fibroscopia via oral:

é imprescindível o uso de uma cânula orofaríngea protetora de mordida e que auxilie a progressão do aparelho na linha média, como a de Ovassapian, a de Williams, ou a de Patil-Syracuse.

Cânula de Ovassapian

Cânulas orofaringeas para fibro


sua introdução é facilitada por uma camada de lidocaína geléia na parte posterior da língua.


Dificuldades:
• a mais freqüente dificuldade para o principiante é o obscurecimento da visão por secreções (cor branca), tecidos

(rosa como fossa piriforme, faringe, mucosa bucal) ou sangue (vermelho).
• ao encontrar dificuldade na identificação das estruturas, é conveniente retroceder até se localizar novamente e reiniciar

a introdução, sempre com o tubo de inserção tão estendido quanto possível e mantendo-se as estruturas em cuja direção avançamos no centro da visão.


Principais causas de falhas são:
• falta de treinamento e experiência;
• presença de secreções e sangue;
• anestesia tópica inadequada;
• espaço diminuído entre a ponta da epiglote e a parede faríngea posterior (epiglote grande e frouxa, massa ou cisto supra glóticos, inflamação ou edema da orofaringe,
• deformidade severa de flexão da coluna cervical);
• anatomia distorcida de vias aéreas;
• inabilidade para avançar o TT ou retirar o fibroscópio.


sábado, 22 de março de 2008

Anestesia sem medo - mitos e verdades

Excelente matéria compilada da Veja On Line


Histórias relacionadas a acidentes em anestesias dão medo em muita gente, mas são quase lendas. Levantamento da Sociedade Americana de Anestesiologia atribui à anestesia uma morte a cada 250 000 procedimentos. Ou 0,0004% de risco. O aprimoramento de monitores e aparelhos de anestesia e de drogas utilizadas torna a técnica cada vez mais segura, explica Milton Brandão, coordenador da equipe do Serviço de Anestesiologia do Hospital São Luiz, em São Paulo. Veja algumas perguntas comuns sobre o tema.

Anestesia geral é mais arriscada que local?
Em tese, sim, pois a pessoa está inconsciente, não sente dor e seus músculos estão tão relaxados que em muitos casos é preciso a ajuda de um respirador artificial. Na prática, porém, em um centro cirúrgico devidamente equipado, o risco é praticamente nulo. As funções do paciente são monitoradas e é possível agir rapidamente se algo parecer sair do controle.

O choque anafilático é reversível?
Sim. O choque é o colapso de alguns sistemas, causado por uma reação alérgica ao fármaco. Sintomas comuns são queda da pressão arterial, dificuldade de respirar, perda de consciência, vermelhidão na pele e inchaço nas pálpebras. Detectado rapidamente, é perfeitamente reversível com o uso de drogas como corticóides, noradrenalina, broncodilatadores e, em casos mais graves, massagem cardíaca e ventilação artificial.

Existem testes capazes de prever uma reação adversa?
Numa avaliação pré-anestésica, é possível detectar riscos mais comuns, como alergia a antiinflamatórios ou aos contrastes usados em certos exames. Em cirurgias de urgência, quando o paciente chega inconsciente e não se conhece seu histórico médico, não há testes, mas o anestesiologista monitora com rigor as reações.

O uso de drogas aumenta as chances de reações adversas?

Sim. Drogas ilícitas como cocaína, ecstasy e crack interagem com os anestésicos, o que pode levar a um colapso cardiovascular, convulsões, parada cardiorrespiratória e até morte súbita. Por isso, informar ao anestesista o uso de drogas é fundamental.

Pequenos procedimentos, como uma lipo de papada, com anestesia local, dispensam a presença de um anestesista?
É bom não brincar. Em um pronto-socorro, em que um paciente aparece com um corte nas mãos, o cirurgião está habilitado a aplicar a anestesia. No entanto, mesmo em pequenos procedimentos cirúrgicos, a presença de um anestesiologista é fundamental para evitar possíveis complicações, como as reações alérgicas.

O despertar depois da anestesia geral é sempre desconfortável?
Não. As drogas utilizadas atualmente em anestesia são mais facilmente metabolizadas pelo organismo. Além disso, ao longo do procedimento cirúrgico, o médico pode administrar drogas profiláticas em relação à náuseas e vômitos, dores de estômago, e dor pós-cirúrgica. Mesmo assim, em alguns casos, reações indesejáveis podem ocorrer. Tudo depende do paciente.

A raquianestesia causa dores de cabeça?
Hoje bem menos que no passado. A raqui, chamada anestesia de bloqueio, comuns em partos do tipo cesárea, cirurgias de membros e cirurgias abdominais, chegava a provocar fortes dores de cabeça no pós-operatório em 5 a 10% dos casos. Agora, esse risco atinge apenas 0,2% dos pacientes.

Vídeo de Intubação Oro Traqueal. (IOT)

Muito bom para leigos e para quem quer saber como é a anatomia de uma IOT



Modernidades IOT

Alguns produtos estão sendo lançados lá fora e ainda vão levar algum tempo para chegar por aqui, mas não custa nada darmos uma olhada.
Esta é uma mascara laringéa com monitor de vídeo acoplado. A fixação do monitor é feira por magnetismo sendo muito fácil retira-lo após a intubação, o monitor é extremamente leve e wireless com controle de foco e brilho, as baterias recarregáveis tem autonomia de 30 minutos.
O monitoramento de vídeo é feito por fibras óticas e a mascara é totalmente atraumática.
Assim o ato de intubar fica até divertido.

Abaixo alguns exemplos de laringoscópios rigidos e semi-rigidos para IOT difícil

SOS breakout

Air VU

Air RIFL

FAST breakout


Levitan Breakout

Para quem vai ser anestesiado!!!

O dia da cirurgia está se aproximando e o frio na barriga cada vez maior, e as perguntas não param de martelar na cabeça:
Meu Deus como será que vai ser a anestesia?
Eu não tenho medo da cirurgia mas sim da anestesia.
Será que o anestesista fica na sala o tempo todo?
E se eu acordar no meio da cirurgia?
Será que eu sou alérgico aos medicamentos?

Estas e muitas outras perguntas são comuns e normais.

Algumas coisas são de extrema importância na hora da sua anestesia, e somente você pode ajudar a sua equipe de anestesiologia e a seu cirurgião para um resultado excelente, faça uma consulta pré-operatória com um membro da sua equipe de anestesiologia.

Como fazer:
  • Peça a seu cirurgião o nome de seu anestesiologista e marque sua consulta.
  • Deixe a sua consulta pré-anestésica para quando você tiver todos os seus exames em mãos, não esqueça de leva-los com você.
  • Faça em casa uma lista com todas as perguntas que gostaria de fazer, as vezes na hora da consulta a gente se esquece de peguntar alguma coisa pelo nervosismo.
  • Verfique qual é a formação de seu anestesiologista, se ele tem residência médica, tempo de formado, se faz parte da COOPANEST - Cooperativa dos Anestesiologistas do Estado do Pará.
  • Tire todas as suas dúvidas, a consulta é para isto mesmo.
  • Responda com sinceridade e não omita informações por medo ou vergonha, tudo conta na hora de sua anestesia, a escolha da técnica, drogas e equipamentos depende disso.
Compareça ao consultório leve a sua cópia da consulta com você e não esqueça de confirmar com a secretária do seu anestesiologista quando a sua cirurgia for marcada para que ela possa agendar com antecedência.

Boa sorte e boa anestesia.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Este é o Anestesia Belém!!


Criei este Blog com o objetivo de mostrar a saúde de nossa cidade sob a ótica de um anestesiologista intinerante, como meu grupo o Ar&SiA presta serviços a diversos hospitais e cirurgiões podemos ver em primeira mão o que ocorre em nossa cidade, todas as coisas boas e não tão boas que acontecem, as histórias engraçadas, e os sufocos que passamos.
Vou colocar também dicas para quem vai ser anestesiado e para quem vai anestesiar vamos divulgar as novidades que acontecem por aí.
Um grande abraço e vamos nessa!!!